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Hábitos orais na Primeira Infância

Atualizado: 15 de fev. de 2021

"O meu filho tem 5 anos e só dorme descansado depois de beber o leitinho pelo biberão", "Não consigo que ele deixe a chupeta!", "O meu filho rói os lápis todos".

Frases como estas são cada vez mais comuns no diálogo dos pais, educadores e todos os envolvidos na educação e desenvolvimento das crianças. Mas afinal estes hábitos orais devem constituir um motivo de preocupação ou são normais no crescimento das crianças? Vamos debruçar-nos mais em detalhe o tema.

Os hábitos orais são padrões repetitivos de contração muscular dos lábios, língua e bochechas adquiridos pelo recém-nascido e essenciais para um desenvolvimento craniofacial harmonioso, como é o caso da amamentação.


No entanto, existem hábitos orais que se tornam nocivos, consoante o período de tempo (meses ou anos), da intensidade (força utilizada) e frequência (quantas vezes por dia a criança pratica o hábito), para além da idade recomendada, tais como:


  • Chuchar o dedo;

  • Chuchar na chupeta;

  • Chuchar o lábio;

  • Chuchar objetos;

  • Uso prolongado de biberão;

  • Apoiar a mão no queixo;

  • Bruxismo (ranger os dentes);

  • Onicofagia (roer as unhas).


Quais são as implicações que os hábitos orais nocivos podem provocar na criança?


  • · Maloclusões dentárias (mordida aberta, na imagem abaixo, ou mordida cruzada);


  • · Alterações na fala (“sopinha de massa” (sigmatismo);

  • · Alterações na respiração (respiração oral);


  • · Alterações na deglutição (deglutição atípica – postura inadequada da língua);



  • Alterações da musculatura da cavidade oral e da face (bochechas, lábios, língua).


De forma a evitar estas consequências, é recomendada a retirada da chupeta aos 2 anos e do biberão aos 18 meses.


Existem algumas estratégias para promover a retirada de alguns hábitos orais: